No Reino Plantae (lê-se “plante”), as plantas são classificadas em briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
Gimnospermas
As Gimnospermas (Do grego Gymnos=Nú- sperma=semente) são plantas vasculares que possuem raiz, caule e folhas. O seu surgimento foi um passo definitivo na evolução das plantas para o ganho do ambiente terrestre, são as primeiras plantas a apresentarem sementes (são espermatófitas), e não necessitam de água para que ocorra a movimentação dos seus gametas e sua fecundação, além desse ganho evolutivo, essa plantas conseguem extrair do solo seus nutrientes, não sendo necessários estarem imersas ou muito próximas de corpos d'agua, caracterizando-se como plantas de vida terrestre. Seu nome gimnosperma está relacionado a sua semente estar exposta sem produção de frutos.
Você conhece uma Gimnosperma?
É certo que sim, e até já colocou uma delas na sala da sua casa.
As famosas "árvores de natal", os pinheiros,tão presentes em nossa cultura, são uma das espécies mais conhecidas de gimnospermas.
Ciclo reprodutivo
Outro avanço das gimnospermas é a independência de água para a fecundação, pois surge o grão de pólen, que é o gametófito masculino em desenvolvimento, que se completa quando fecunda a oosfera (estróbilos feminino ou pinha). É por meio deles que a planta, através de insetos ou vento no processo de dispersão, chamado de polinização, consegue fecundar os óvulos. Ao ocorrer a fecundação, é formado o zigoto que se desenvolve e origina um embrião que, à medida que se transforma, faz com que o óvulo transforme-se em uma semente para protegê-lo. Todo o processo pode ser simplificado na imagem abaixo
Semente
Além da proteção, outra função da semente é fornecer alimento ao embrião, que pode se nutrir com as reservas do tecido que o recobre. Desse modo, as sementes podem germinar longe da planta que lhes deu origem, fazendo com que a dispersão dessas plantas seja mais eficiente do que a das briófitas e das pteridófitas.
Na figura abaixo é possível observar o estróbilo masculino menor (a esquerda)e o Feminino (a direita). também conhecido por pinha, tão utilizado nas decoração natalinas.
Referências:
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Angiospermas
A grande maioria das árvores conhecidas mundialmente são muito apreciadas principalmente devido às suas belas flores e o aroma que exalam, além de seus frutos de várias cores e sabores. Dentre as 350 mil espécies de plantas (valor estimado) conhecidas atualmente, mais de 250 mil produzem estes frutos e flores. Nós as chamamos de angiospermas ou fanerógamas. Esta palavra diferente que iremos abordar hoje significa "semente envolta em uma bolsa". São as plantas mais diversificadas que existem no planeta Terra.
Por terem esta característica das sementes protegidas em um envoltório ou "bolsa", isso conferiu às angiospermas uma vantagem evolutiva, de tal forma que elas prosperaram em vários ambientes. As Gimnospermas, grupo anterior na escala evolutiva, já apresentavam a importante estrutura responsável por proteger o embrião: a semente.Nos dias de hoje, essas plantas podem ser encontraram em uma grande variedade de condições climáticas e estão em distribuídas no planeta inteiro. Grande parte deste sucesso evolutivo se deve ao fruto, o tal "envoltório" que protege as sementes contra os predadores e aspectos abióticos (temperatura, suprimento de água, choques mecânicos, etc).
Essas plantas dividem-se em duas classes: as monocotiledôneas e dicotiledôneas.
A) Monocotiledôneas
As monocotiledôneas apresentam esse nome por possuírem apenas um cotilédone na semente. Esta estrutura está associada a nutrição do embrião, mais especificamente das células embrionárias que darão origem a plântula.
Diferença entre mono e dicotiledôneas. |
As raízes destas plantas são chamadas de fasciculadas, ou "cabeleira", pela presença de vários filamentos semelhantes em grau de desenvolvimento.
Suas folhas são classificadas em paralelinérveas, pelo fato de possuírem várias nervuras paralelas.
Em geral, as flores de monocotiledôneas são trímeras ou em números múltiplos de três pétalas.
Outra característica destas plantas é a organização dos feixes vasculares do caule de forma aleatória.
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
B) Dicotiledôneas
As dicotiledôneas, como já foi visto anteriormente, possuem dois cotilédones na semente.
Suas raízes são chamadas de pivotantes, pois há predominância de uma raiz principal vertical com presença de raízes laterais menos desenvolvidas.
Suas folhas possuem as nervuras ramificadas, formando uma rede.
Suas flores são tetrâmeras ou pentâmeras, como na imagem abaixo.
Os feixes vasculares, por sua vez, estão organizados em forma de um anel.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
Referências
Vídeo complementar
Referências
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/gimnospermas-e-angiospermas-uma-historia-de-sucesso-vegetal.htm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/angiospermas2.php
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/exercicios-html/Caule.htm
http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Estrutura_dos_Caules
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/angiospermas2.php
http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/exercicios-html/Caule.htm
http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Estrutura_dos_Caules
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Flor
A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. Flores que apresentam órgãos reprodutores de ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou monóica). Já as flores que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos (masculino ou feminino) são chamadas de dióica.
Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, os verticilos florais. Os verticilos se inserem em uns ramos especializados, denominado receptáculo floral. Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o androceu, constituído pelos estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos.
Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, os verticilos florais. Os verticilos se inserem em uns ramos especializados, denominado receptáculo floral. Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o androceu, constituído pelos estames, e o gineceu, constituído pelos carpelos.
Frutos e sementes
Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha havido polinização. Depois da fecundação dos óvulos no interior do ovário há um crescimento deste, que se dá por ação dos hormônios vegetais. É nessa fase que se inicia o processo de composição do fruto: estrutura, cores, consistência e sabores.
- Partes do fruto
Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do desenvolvimento das paredes do ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos óvulos fecundados.
O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), mesocarpo (camada intermediária) e endocarpo (camada mais interna). Em geral o mesocarpo é a parte do fruto que mais se desenvolve, sintetizando e acumulando substâncias nutritivas, principalmente açucares.
- Classificação dos frutos
Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de pericarpo, se o fruto abre-se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc.
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do tipo baga, quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: tomate, abóbora, uma e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares, com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do tipo baga, quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: tomate, abóbora, uma e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares, com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).
Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem ser deiscentes, quando se abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes, quando não se abrem ao se tornar maduros.
- A diferença de fruta e fruto
O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maça, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro.
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas.
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas.
Origem e estrutura da semente
A semente é o óvulo modificado e desenvolvido. Toda a semente possui um envoltório, mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e um material de reserva alimentar chamado endosperma ou albúmen.
Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação da semente e pode ser iniciada a germinação.
- Os cotilédones
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas extremidades:
- A radícula, que é a primeira estrutura a emergir, quando o embrião germina;
- O caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias.
Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas angiospermas possuem dois cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem dois cotilédones, são chamadas de eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone são chamadas de monocotiledôneas. Os cotilédones inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule.
Referências:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/bioangiospermas4.php
https://www.todamateria.com.br/tipos-de-flores-e-suas-funcoes/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monocotiled%C3%B3nea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperma
http://matoecia.blogspot.com.br/2011/09/diferencas-entre-monocotiledoneas-e.html
#Interessante ;)
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirInteressante!!! Muito bom!!!
ResponderExcluirAdorei!!! Parabéns, ótima explicação.
ResponderExcluirO texto está bem desenvolvido e as imagens estão ótimas. Parabéns pelo trabalho e pelo blog!!
ResponderExcluirParabéns, texto de fácil linguagem e objetivo.
ResponderExcluirAdorei. Apresenta um texto claro e objetivo é a melhor coisa para atrair o público alvo.
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